quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vem cá?Eu te conheço?

Ontem estavamos eu, minha mãe e uma amiga aqui em casa conversando sobre trabalho, mudança, família e ouvi o seguinte comentário dito pela minha mãe em uma conversa com meu pai: " Nós não conhecemos a filha que temos. Ela até que escreve bem.". Começamos a rir na hora , mas depois fiquei pensando se realmente sou alguém que " se esconde". Nunca parei pra pensar isso, pois sempre me achei muito transparente nas minhas relações. Fiquei com algumas indagações: "Será que não me mostro tanto assim?", " Em que momento eu nao me deixo ser conhecida?", " Será que meus pais não prestam tanta atenção em mim?", " Onde estou errando nas minhas relações familiares?"...
O fato é que um simples comentário fez com que eu percebesse e comprovasse que realmente , em regra, nos abrimos mais com amigas(os) do que com nossa família. Falei regra, pois sei que tudo tem excessões. Algumas amigas minhas sabem mais de mim do que minha mãe. Não que esta não seja uma grande amiga( e se é!), mas e que tem assuntos que nao me sinto tão a vontade pra conversar com ela. E olha que a quem diga que nós somos modernas demais, pois conversamos sobre sexo naturalmente. O que na maioria das vezes o tema é tabu entre mãe e filha, comigo é diferente. O assunto aqui é outro: conflitos internos. Esse sim eu nao me sinto com tanto espírito pra me abrir.
Ainda assim, chego a conclusão de que sou alguém que em certos aspectos não me deixo ser vista. Mas que não chego ao ponto de ser uma pessoa dúbia ou que não seja confiável. Ninguem é totalmente transparente. Sempre temos algo que não permitimos ser descoberto,ou por medo de repressão ou por puro e simples fato de não acharmos que é importante pro próximo( aquilo que podemos dizer: não te falo por que não é da sua conta.).
Enfim, mãe não se preocupe,você conhece o suficiente para que nossa relação continue cheia de cumplicidade. Quanto ao "buraco negro" dentro de mim, não queira conhecer! Prefiro te dar meu melhor e não o meu pior.
Bjos no coração!

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