domingo, 28 de agosto de 2011

Me preocupando com o futuro.

Sabe quando algo fica martelando na sua cabeça, tentando achar um resposta e o que,no final, acaba acontecendo é a gente ter mais perguntas ainda? Então, é assim que estou me sentindo desde que voltei de Belo Horizonte, onde passei essa semana em missão profissional. Os jornais da capital não falavam em outra coisa senão a agressão de um estudante a uma diretora de uma escola pública. Cena deprimente que esta rolando pela net e pelos noticiários. 
Nessas horas em que busco obter uma explicação do porquê disso que esta acontecendo tão corriqueiramente nas escolas é que me recordo dos meus tempos de estudante. Nada tão longínquo assim e que é de fácil lembrança. Faço aqui uma pergunta que pode resumir um pouco: há 20 anos atrás alguém se lembra de ter visto em manchetes qualquer fato de desrespeito de aluno com professores? Não né? Não lembramos por que não tinha e se tinha era uma vergonha pra família que muito provavelmente implorava pela não divulgação. 
Respeito era a minha palavra quando me referia aos meus professores. Eu poderia não gostar da matéria, poderia não gostar da didática, mas eu respeitava. Ali dentro da sala de aula quem tinha a autoridade era o mestre, na escola era a diretora, no portão era o porteiro, na cozinha era a merendeira e em casa eram os pais. Não confundam autoridade com autoritarismo, pois não é disso que estou falando. Falo da arte de ter responsabilidade. Essa facilidade de se confundir autoridade com autoritarismo vem desde que pedagogos e psicólogos começaram a pregar que "é proibido proibir". Considero isso blá,blá,blá... Meus pais me criaram com autoridade, com limites( alguns eu por muitas vezes quis "deslimitar" ) e mesmo com a falta de tempo eram presentes. Nada fora do comum naqueles tempos.Minha referencia de autoridade começou quando eu tinha que acordar, arrumar a cama e estar pronta pra ir a escola no horário, a ficar em silencio nas aulas ( mesmo quando as vezes tinha uma vontade enorme dentro de mim pra saltar uma gargalhada de alguma gracinha de um colega), a de fazer minhas tarefas e estudar todos os dias mesmo não tendo prova no outro, a de só ter notas azuis no boletim, a de passar o dia sem meus pais e tentar não brigar com meu irmão( era o mais dificil de todos, juro!). Já hoje isso parece ter a figura da caretice. 
Não seria por excesso de possibilidades dadas as crianças e adolescentes o motivo desse novo cenário? Não seria por falta de autoridade dos pais omissos, dos professores pouco renumerados e por isso pouco motivados a atender quem não é do seu sangue? Não seria da falta de "nãos" num mundo tão permissivo?Não seria pela falta de valores semeados desde o berço? 
Como disse, ao invés de ter respostas, minhas perguntas só aumentam e com elas aumenta minha preocupação com o futuro.


Bjo no coração!

Um comentário:

  1. Faço minhas as suas palavras.Também penso que esse caos começou com a permissividade e com os novos profissionais ditos auxiliares da EDUCAÇÃO que só vieram para atrapalhar o trabalho escolar e a educação propriamente dita. Mas a raiz se encontra na modernidade e modismos que não nos permite sermos o que realmente gostariamos, não podemos ficar de fora pois somos taxados de pais e professores caretas. Esse tal "negócio" que tudo hoje traz traumas para as crianças, tem de levar para um psicólogo, coitadinho, vai ficar traumatizado...Isso tudo é babozeira.Coitado do Seu Bilinho, pagar psicólogo pra 10 filhos kkkkk, ia ficar pendurado em financimentos, penhoras e etc... Com sua autoridade e todo seu autoritarismo ele conseguiu fazer de seus filhos pessoas honestas, justas, responsáveis, trabalhadoras e respeitadoras. Tiro o chapéu para os meus pais pois souberam nos educar. E eu só com dois tenho muita dificuldade kkkkk Quem me dera poder ser como eles...
    beijos
    saudade
    tia Anita

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