quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Livro: O Clube do Filme.



Oi gentein! Olha eu aqui pra falar da sensação de mais um livro lido.
O Clube do Filme não foi um livro indicado por um(a) amigo(a) , nem foi escolhido por estar na lista dos 10 mais da revista Veja. Eu o adquiri depois de ter lido algo numa crônica de Martha Medeiros em Feliz por Nada. Ela estava falando sobre a relação de pais e filhos e citou esse livro. Fiquei curiosa, mesmo não tendo filhos, pois sei que um dia ( quem sabe?) os terei.
Ele basicamente fala da relação entre David Gilmour - o autor - e seu filho Jesse quando este no auge dos seus 15 anos não ia bem na escola. Também não era uma boa fase para David profissionalmente falando. Sendo assim, diante da falência, da desorientação e da infelicidade do filho-problema, o autor faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai. Foram 3 anos e nesse intervalo Jesse e David viveram situações familiares como: o pai que não conseguia um emprego estável e os amores perdidos do filho. Ocorrências que fizeram com que os dois cada vez mais proclamavam o seu respeito e afinidade.

Li esse trecho no blog da Veja que diz realmente o que no fim das contas tive como sensação: de que podemos aprender com os outros.  "A educação heterodoxa de Jesse nesses anos recupera um tipo de convivência que se tornou raro: aquele em que pessoas se reúnem em torno de um interesse. Dos tempos pré-históricos, em que os mitos eram transmitidos de geração para geração à volta da fogueira, até o início do século XX, em que pais e filhos se juntavam para ouvir um deles ler um romance ou acompanhar uma história pelo rádio, essa é uma forma primordial de lazer - além de uma necessidade evolutiva. Nesses momentos, os mais velhos ensinam o que podem aos mais jovens e aprendem algo novo com eles; os laços se estreitam e os horizontes, por sua vez, se expandem. A vida afobada de hoje tende a limitar tais oportunidades. Nesse sentido, O Clube do Filme é um grande lembrete: os filmes, sejam eles bons ou ruins, representam o acúmulo da experiência humana da mesma forma que a literatura, a história ou a filosofia. Com a vantagem de que mesmo os adolescentes mais arredios (ou especialmente estes) adoram assistir a eles. Alguns gostam tanto que se dispõem até a conversar sobre eles. E outros ainda, como Jesse, descobrem nessa saída formulada por um pai que não sabe mais o que fazer exatamente aquilo que lhes faltava: uma porta de entrada."


Lembrei de alguns amigos-pais e desejei que a relação deles com seus filhos tenha essa cumplicidade. Penso até que pode ser uma ótima opção de presente de Natal...rs!!!!

Adoro livros que falam da vida real. Achei esse video que mostra o David e o Jesse numa entrevista falando sobre O Clube do Filme e senti que o que foi descrito no livro é ainda mais verdadeiro.


http://www.youtube.com/watch?v=CpJHr-jZVkc


Fico por aqui e até o próximo deleite.


Bjo no coração!

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