domingo, 4 de setembro de 2011

Tão leve

Sabe quando você percebe que está tão leve e procura entender o porquê? Então, ontem fui pra cama com essa sensação. Leveza. De ante mão quero dizer que não é a leveza resultado de uma dieta nova.Muito pelo contrário, já que esse meu prazer em pesquisar receitas na net, ir para o supermercado e voltar pra cozinha anda fazendo eu perceber que alterações físicas no meu corpo estão surgindo e estou passando longe das balanças.
Fiquei horas, até pegar sono, tentando ter a resposta para o que estava sentindo. Será que é pelo conforto de imaginar meus pais em sua tão sonhada "terrinha" que compraram? Será que foi por que a semana foi tranquila? Será que é por que já estou conformada com o nada pra se fazer nos fins de semana? Será que foi pela minha reação quando recebi um email e pude perceber que em nada me surpreendeu no que li, a não ser a obviedade? Será que ...? Será que ...? Descobri que a resposta veio de um ato realizado juntamente com colegas de trabalho em fazer o bem sem ver a quem.
Isso mesmo, foi a caridade, a doação que me deixou assim.
Ficamos sabendo que um aposentado, que pontualmente todo inicio de mês, vai ao banco sacar seu "rico" dinheirinho teve um AVC enquanto andava de bicicleta e estava passando por algumas necessidades. Estava precisando de alguns alimentos específicos, pois é diabético, e de fraldas geriátricas. Não pensei duas vezes em propor que ajudássemos. Proposta aceita, proposta cumprida. Fui as compras com uma colega e depois, com mais um outro colega, fomos a procura da casa do Sr. Antonilio. Vira daqui, vira acolá. Pergunta daqui e de lá ,achamos a casinha dele. Quando chegamos, cheios de sacolas, a filha deu um sorriso desprovido de dente , mas provido de agradecimento que é difícil não ficar com lágrimas nos olhos. A alegria dele então é indescritível. Ele não esta conseguindo falar direito, mas balbuciou algumas coisas que pude entender, principalmente quando reclamou que precisava de ajuda pra fazer tudo. Pessoas idosas sempre ficam angustiadas com essa situação de ter que depender do outro pra fazer coisas que antigamente não precisava né? Peguei na mão dele, dei um abraço e disse: " O senhor já fez tanto quando era mais novo, agora aproveita bobo." . Ele riu e fez aquela carinha de que não gostou muito da ideia e eu morri de rir. Foi prazeroso voltar pra casa e pensar que eu fiz o que estava ao meu alcance para ajudar aquela família. Não consigo atingir a todos que precisam com esse ato, mas dentro de mim a sensação é de que eu supri, por alguns dias, as necessidades daquele senhor. E isso é muito bom!!!!!
De fato tudo aquilo que citei acima de deixaram um pouco mais aliviadas, mas não chegam aos pés da leveza de fazer o bem.

Bjo leve no coração!


5 comentários:

  1. Dificil é saber quem fica mais satisfeito nessas horas né: quem está dando ou quem está recebendo!

    Parabéns! :)
    Bjoka!

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  2. Verdade Léo! Bem difícil dizer, mas eu puxo sardinha pro meu lado....rs!!!!!
    Bjos

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  3. COncordo com Barbara, nessas horas quem mais sai ganhando é quem ajuda... coisa linda Bárbara, apoiada...

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  4. Obrigada My do Edu...estranho te chamar assim, mas tudo bem....rs

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  5. Oi filha, que grandeza de espirito, lindo o que vcs fizeram, parabéns a todos.
    bjs
    sua mãe

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